Se por momentos não tenho nada a dizer, não é de todo porque me és indiferente, mas sim, sem duvidas, porque nem sei como começar por te dizer tudo aquilo que me ocorre na cabeça e que tenho vindo a apontar no minha caderneta cerebral que vou criando sobre todas as pessoas que conheço! Entre muitas gosto mt de ti mesmo com esse ar de maluca e essa atitude de rebelde tu tens bem lá no fundo um coração bom. Considero verdadeiramente que tens que assentar um pouco criar algumas raízes mas por outro lado também considero mt importante não deixares de ter essa atitude maluca que te caracteriza e que todos já nos vamos habituando e sentido falta. Um grande beijo de felicidades fica um enxerto de um poema de Fernando Pessoa que é mt bonito e pode ser que percebas as entrelinhas.
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
(…)
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
(…)
Ass: Paulo
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